ES ganha área de proteção ambiental na foz do Rio Doce

A foz do Rio Doce no Espírito Santo agora é uma Área de Proteção Ambiental (APA). Com 45.417 hectares, o espaço será gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A classificação tem como objetivo preservar a rica biodiversidade da região, fortalecer práticas sustentáveis e assegurar a proteção dos modos de vida tradicionais — especialmente após os impactos do desastre ambiental ocorrido em 2015.
O decreto que oficializa a nova unidade de conservação do Rio Doce foi assinado nesta segunda-feira (3) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do presidente do ICMBio, Mauro Pires.
Espécies ameaçadas ganham mais proteção
Com a APA, espécies ameaçadas, como a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), cuja principal área de desova no Brasil está localizada ao sul e ao norte da foz do Rio Doce, devem ser beneficiadas.
APA deve fortalecer comunidades locais
A criação da APA não exigirá desapropriações, respeitando a posse e o domínio das terras por parte dos moradores. Segundo a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), essa categoria permite o uso sustentável dos recursos naturais, viabilizando a continuidade de atividades como pesca artesanal, cultivo de cacau sombreado e turismo.