Coluna Rosildo Barcellos | O Flâneur literario de Nataly Moraes

Coluna Rosildo Barcellos | O Flâneur literario de Nataly Moraes

    Estamos tão conectados  com a velocidade da internet, que vez por outra as pessoas tem dificuldades, de reservar um pouco de seu tempo,  para uma prática importante na plenitude existencial do indivíduo, que  são: realizar breves leituras, reconhecer o amor que vivenciamos e por fim a contemplação da vida. Restando poucos dias para o lançamento, a escritora Nataly Moraes, traz para o mercado, o poder da reflexão da mulher e nos ajuda a perceber  e aproveitar as alegrias que vão revestindo o cotidiano a cada instante.

     Sem ele nossas vidas acabariam por se tornarem meras reproduções, o que transformaria a realidade em  uma opacidade adstringente. E uma vez dentro deste caminho, o inevitável estresse surge, e começa a somatizar suas consequências em nosso cotidiano.

   E assim acontece com Nataly Moraes.  Na obra “Além do que se vê” ela com seu jeito meigo, feminino e todo especial de escrever, torna-se uma “ flâneur “ com todos os meandros , que o criador desta  expressão, Baudelaire,  a concebeu. Tornando-se marca da escritora, quando traz um olhar mais apurado para o cotidiano das palavras. Ela seria, então a justa contraposição da mulher absorvida pela necessidade de velocidade.

  Com o poder de contemplação, introjetado na medida certa dentro de nossas vontades, passamos a entender e compreender se o que nos cerca foi realmente pensado e planejado por uma força criativa. E desta forma todas as intervenções humanas guardam seus potenciais de admiração e que apenas uma mulher imbuída de “flânerie” consegue perceber e repassar para o papel. Cada crônica busca apontar o que há de memória e mistério, Mas é a geografia dos sentimentos, que se apressa em sobressair nesta seleta “colheita’ de textos, ao vasculhar pelas ruas os afetos e a alma dos lugares e das paixões.

    Na obra  “ Além do que se vê”  Nataly Moraes esbanja intimidade com a escrita, expandindo  o mapa afetivo de suas crônicas, sem deixar de lado a curiosidade do flâneur, na busca por construir uma etnografia original de seu tempo. Em uma das crônicas, por exemplo, vamos encontrar: “”Sinta seu tempo. Sobre a sua vida...sinta os dias. Sinta cada sentimento. Sentindo, o que vier a mais ... acredite: fará sentido!” . Tenham certeza: “Além do que se vê é apaixonante desde seu prefácio impecável e rebuscado até a última palavra cheia de doçuras e vivências singulares. No link a seguir o leitor pode ter acesso direto ao site de veiculação:

https://clubedeautores.com.br/livro/alem-do-que-se-ve