Economia do Espírito Santo cresce 1,2% em 12 meses até março

Economia do Espírito Santo cresce 1,2% em 12 meses até março

O cenário econômico atual vem se mostrando desafiador. Se por um lado as taxas de desemprego caírem e a renda do trabalhador aumentou, por outro a corrente de comércio reduziu, e a inflação e a taxa básica de juros (Taxa Selic) seguem elevadas. Em meio a esse momento, a atividade econômica do Espírito Santo cresceu 1,2% no acumulado em 12 meses até março, porém, retraiu 1,2% no primeiro no trimestre deste ano.

Os dados fazem parte do Indicador de Atividade Econômica (IAE-Findes) calculado pelo Observatório Findes e divulgado em coletiva de imprensa, na sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), na manhã desta terça-feira (17).

O 1º vice-presidente da Findes, Eduardo Dalla Mura, comenta sobre a importância de acompanhar os indicadores da economia capixaba. “O IAE-Findes é uma informação estratégica que antecipa a tendência da atividade econômica e propicia o acompanhamento dos diferentes setores e atividades econômicas do Estado enquanto ainda não estão disponíveis as informações oficiais para o PIB capixaba disponibilizados pelo IBGE com defasagem de dois anos”, aponta.

Segundo as estimativas do IAE-Findes, no acumulado em 12 meses até março, o crescimento da economia capixaba foi influenciado pelos setores de agropecuária (5,5%) e serviços (2,4%), sendo que a indústria teve queda de 2,6%. Já a economia brasileira avançou 3,5% impulsionada por todos os setores: agropecuária (1,8%), indústria (3,1%) e serviços (3,3%).

A gerente executiva do Observatório Findes e economista-chefe da Findes, Marília Silva, aponta que as perspectivas para 2025 são cautelosas. Nos primeiros três meses do ano, a atividade econômica do Espírito Santo recuo 1,2% em relação ao mesmo período de 2024, segundo o IAE-Findes. O setor de Serviços cresceu 0,9%. Já a agropecuária e a indústria caíram 3,7% e 6,8%, respectivamente.

No caso do setor de serviços, demais atividades de serviços (0,9%), transporte (0,8%) e comércio (0,4%) influenciaram positivamente o resultado. “Os aumentos do transporte aéreo de passageiros e da atividade de turismo impactaram positivamente o setor de transportes, que compensaram a retração observada no transporte de cargas. Somado a isso tivemos a alta nas vendas do comércio de artigos essenciais, como alimentos e artigos farmacêuticos”, comenta Marília.

A queda da agropecuária foi influenciada pela atividade da agricultura, que caiu 11%, com destaque para o café, a pimenta-do-reino, a cana-de-açúcar, o milho, a banana, o tomate e o coco-da-baía. Já a pecuária cresceu 3,2% com os bons resultados da suinocultura e do segmento de aves e ovos.

Enquanto isso, o desempenho da indústria é influenciado, principalmente, pelo setor extrativo que retraiu 16,3%. Já o segmento de construção apresentou leve queda de 0,2%, e a indústria de transformação ficou estável (0,0%) no período. Enquanto isso, a atividade de energia e saneamento teve crescimento de 5,8%.

Segundo as estimativas do IAE-findes, o ano de 2025 deve encerrar com a economia do Espírito Santo retraindo 0,8%. “O número considera o retrato atual da economia, mas ele pode variar no decorrer do ano. Por isso, fazemos a atualização trimestralmente”, comenta Marília.